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A curiosa distorção de preço entre as ON e PN de Eletropaulo

As ações ordinárias da concessionária de energia elétrica Eletropaulo (ELPL3) negociam com prêmio de 100% sobre as ações preferenciais (ELPL4). O último preço de ELPL3 foi R$ 15, enquanto a cotação da preferencial foi de R$ 7,56 em 11 de março. Essa distorção de preços não pode ser explicada com base no direitos das ações como o “tag along” e os dividendos. Existe uma boa operação de arbitragem aqui.

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Estatais: situação atual lembra década de 90

Estatais como Petrobras, Eletrobras e Telebras possuíam situação financeira frágil na década de 90. Tarifas represadas para auxiliar no combate à inflação fragilizavam o balanço dessas companhias. A história não serviu de lição. O governo Dilma passou a adotar estratégia semelhante. Com isso, uma mudança na condução da política tarifária pode ter efeito benéfico sobre as ações da Petrobras e sobre as da Eletrobras como ocorreu na década de 90. A agenda política passa a ser protagonista, fato visto pela última vez nas eleições de 2002.

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A filosofia explica a força das cias familiares

Lendo o excelente livro “Justiça, o que é fazer a coisa certa” do Professor de Harvard Michael J. Sandel me lembrei do acirrado debate sobre a melhor forma de controle societário: o concentrado ou o difuso. No primeiro, a sociedade possui um controlador definido, enquanto que no segundo as ações estão dispersas entre diversos acionistas, não se formando uma maioria estável. O poder sobre a companhia pode variar de acordo com os arranjos societários. Estudos indicam que o desempenho das ações de empresas com controle concentrado, especialmente o das companhias familiares, superam o de outras formas de sociedade. O livro de Sandel parece explicar a razão.

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Acredite: nossa bolsa tem sido boa opção como diversificação

Conversei essa semana com um gerente do “private banking” de um grande banco brasileiro de varejo. Ele gerencia 100 contas de pessoas físicas que, na média, possuem carteiras de investimentos de R$ 5 milhões. Ele me disse que apenas 10 pessoas aplicavam em ações via fundos ou diretamente. Essa informação é assustadora. Muitos dirão que isso acontece, pois a “bolsa brasileira” tem ido mal nos últimos anos e a expectativa continua nebulosa para 2014. Isso é uma tolice. Uma meia verdade dita várias vezes que se revela uma mentira. Fundos ou carteiras que fazem criteriosa seleção de papéis têm tido boa performance nos últimos anos e tem sido uma excelente alternativa para diversificação. Uma carteira de ações é necessária, especialmente para quem já possui R$ 5 milhões livres para investir. Mas, para isso, o investidor precisa se informar para perder o medo.

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O investidor é como o vento só entra se houver porta de saída

A legislação permite que as empresas comprem suas próprias ações. A administração ao adotar esse procedimento sinaliza, em tese, que considera seus papéis atrativos. Outro ponto a favor das recompras é que caso as ações adquiridas sejam posteriormente canceladas, a parcela dos sócios remanescentes nos lucros aumenta. Contudo, por outro lado, a liquidez se reduz. Em um momento de mercado em baixa, tem sido usual que empresas anunciem aquisições de ações de sua própria emissão. A Saraiva (SLED4) acaba de anunciar um programa de recompras. Tendo em vista a baixa liquidezde suas ações, faz sentido a empresa adotar esse procedimento?

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