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Enquanto o mercado acha caro, os controladores compram

O que a companhia de energia elétrica Coelce (COCE5), a fabricante de não tecidos Providência (PRVI3), a de medicina diagnóstica Dasa (DASA3) e a de varejo eletrônico B2W (BTOW3) têm em comum? Enquanto o pessimismo domina o mercado, nessas empresas, o acionista controlador ou um investidor relevante está adquirindo mais ações por considerar seus preços atrativos. Por que existem visões tão distintas sobre o valor desses ativos?

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Não existe um preço-alvo único e imutável

Preço-alvo, preço justo, “target price”, “fair value”. O nome não importa. Todo relatório de corretora apresenta o valor intrínseco da ação, o preço que a ação deveria valer. Esse valor nada tem a ver com a cotação de mercado. O preço em bolsa pode estar acima ou abaixo do preço justo. Considerando-se que os investidores sejam racionais, se espera que, no médio prazo, a cotação se iguale ao preço justo da ação. Contudo, cuidado, pois o preço justo pode variar muito dependendo das variáveis utilizadas. Cada investidor pode ter seu próprio preço justo. Assim, ao se deparar com o preço-alvo sugerido pela corretora saiba que aquele valor é apenas uma referência.

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O maior inimigo da bolsa no curto prazo

A percepção de boa parte da população é a de que a bolsa brasileira tem sido um péssimo investimento nos últimos anos. Essa visão é equivocada. O fato de o principal índice da bolsa brasileira – o Ibovespa – ter ido mal não significa que a “bolsa brasileira” também teve mau desempenho. Vários gestores de ações conseguiram bons resultados nos últimos anos. Mas a situação mudou a partir de meados de 2013. Logo, em 2014, o cenário é mais desafiador para esses gestores. A normalização da política monetária americana com a redução gradual das compras compulsórias de títulos públicos provocou a desvalorização das moedas de diversos países emergentes. Não foi diferente com o real. A depreciação de nossa moeda, com efeito inflacionário, combinada com a situação fiscal frouxa levou o Banco Central a iniciar a elevação dos juros primários da economia a partir de abril de 2013. Desde então, a taxa Selic passou de 7,25% para 10,5%. De acordo com consenso de mercado, existe a expectativa de novas elevações nas próximas reuniões do Copom. Assim, a subida dos juros é o maior entrave à apreciação da bolsa no curto prazo. Veja como a política monetária teve forte influência sobre a bolsa brasileira nos últimos 5 anos.

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Mendonça de Barros responde a meu post sobre a B2W

O respeitado economista e ex ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros utilizou meu post sobre a capitalização da B2W como gancho para seu artigo publicado na Folha em 07 de fevereiro de 2014. Minha abordagem teve a ótica do analista de empresas, minha formação profissional. Logo, um enfoque microeconômico. Já Mendonça de Barros fez uma interessante abordagem macroeconômica. Segue link para os dois textos:

Artigo Mendonça de Barros na Folha.

Meu post sobre o aumento de capital da varejista B2W.

 

 

 

 

Fleury, não compre as ações pelos motivos errados

Em novembro de 2013, um dos controladores do laboratório de análises clínicas Fleury, o grupo formado pelos médicos fundadores, resolveu colocar a venda sua participação na empresa. Para assessorá-los, contrataram o banco de investimentos JPMorgan. Alguns analistas consideram que, com base na lei, a saída do grupo da empresa gerará o direito de os minoritários também venderem suas ações ao novo acionista adquirente recebendo por elas o mesmo valor pago ao grupo controlador. Mas cuidado, pois o novo sócio pode não ser obrigado a fazer essa oferta.

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