Após a vexaminosa derrota para a Alemanha nas semifinais da Copa do Mundo, especialistas buscaram explicações para a derrota. O desequilíbrio emocional dos jogadores tem sido considerado uma das principais causas para o fracasso. A pressão de jogar um torneio tão importante no Brasil afetou os jogadores o que refletiu-se na expressão chorosa dos jogadores durante a execução do hino e a pane de 6 minutos durante o jogo contra os alemães quando ocorreram 4 gols. A confiança (ou arrogância?) do treinador Luis Felipe Scolari não foi absorvida pelos jogadores. A ideia de que a vitória no futebol serve de alívio para as agruras da população brasileira é um fardo para os atletas. Não é somente no futebol que as condições psicológicas explicam derrotas dos esportistas brasileiros. Atletas olímpicos favoritos já tremeram em momentos decisivos. Se lembram das quedas de Daiane dos Santos e Diego Hipólito na ginástica olímpica, da perda da medalha de ouro pelo iatista multicampeão Robert Scheidt e do refugo do cavalo do Rodrigo Pessoa? Pode se alegar que faltam condições de treinamento para os atletas olímpicos. Mas a desculpa não vale para a seleção de futebol que possui um centro de treinamento de última geração em Teresópolis. Mas nenhum acidente possui apenas uma razão. Quais foram as outras falhas?
Este espaço é destinado a amenidades: cultura e esportes.
“Meus filhos são tudo para mim”
Na quadragésima quinta festa infantil do ano, um pai bradou com orgulho: “Meus filhos são tudo para mim”. A roda de amigos concordou efusivamente balançando as cabeças. Um deles, lambendo os dedos sujos de coxinha, disse: “sem dúvida”. Apenas eu e um colega ao lado, mais preocupado em repor sua tulipa de chopp (o buffett não tinha ara condicionado), não permitimos a unanimidade.
Extremos
O dia seria prazeroso: bicicleta, cinema, cerveja com os amigos.
Dia longo: piscina, teatro seguido de jantar.
O mesmo dia, dois amigos.
O soberano
Quem é o todo poderoso em uma grande cidade? O prefeito, o prefeito responderia de imediato a maioria. O chefe do tráfico, o Zé Pequeno da ocasião, diriam os pessimistas. Já os esportistas chutariam ser o craque de um grande time. Todos errados. O manda chuva atual é o pedestre.
O pedestre, pergunta surpreso o leitor. Sim, o pedestre, aquele que anda ou está a pé segundo o dicionário. Um amigo acha ser o ciclista. Mas não. Foi falta de desatenção de meu colega. O ciclista não é outro personagem. É o mesmo. É apenas um pedestre travestido, fantasiado com uma bicicleta. É como Carlitos e Chaplin, a mesma pessoa.
Em busca do chuchu refogado
Saltou sobre imensas poças após o banho. Saiu ilesa do banheiro, mas ao levar a toalha à área deparou com um cenário desolador: louça por lavar, lixo por esvaziar, cama por arrumar. A casa e ela eram um só. Necessitava sair dali, não podia ligar, se rebaixar. Pegou Totó no colo, mas demorou a encontrar a chave do carro. Estava entre os jornais espalhados no chão da sala, junto ao abajur. Abriu a porta, o elevador já esperava. Desceu. Uma senhora gorda entrou no primeiro andar. Bom dia! Respondeu levantando a bochecha, longe de ser um sorriso.