Últimas publicações

Existe risco regulatório no setor elétrico brasileiro?

A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) na nota técnica para definição da taxa de rentabilidade a ser utilizada no quarto ciclo de revisões periódicas das concessionárias de distribuição de energia explica porque não incluiu um adicional de risco regulatório na fórmula da tarifa. A agência está correta? As ações das empresas brasileiras do setor elétrico negociam com desconto em decorrência da existência de um risco regulatório no setor? Em outras palavras, os investidores para adquirirem essas ações pedem uma redução de preço devido a interferências governamentais?

Continuar lendo

Entendendo a taxa de desconto

A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) divulgou recentemente a proposta para o custo de capital a ser utilizado no quarto ciclo de revisões periódicas das concessionárias de serviço público de distribuição de energia elétrica a ser aplicado a partir de 2015. Para cálculo da taxa de remuneração dos ativos regulatórios, a agência usou a metodologia do custo médio ponderado de capital (WACC, da sigla em inglês) combinado com o CAPM (“capital asset price model”). O desafio desse modelo é como calcular alguns itens da taxa de desconto como o beta, a taxa livre de risco e o risco de mercado. Outra discussão é sobre a possibilidade de se utilizar o volátil mercado acionário brasileiro como referência. Como a agência lidou com essas questões?

Continuar lendo

As lições da Celeste aos investidores

Na última semana, a seleção uruguaia de futebol retornou ao Maracanã para uma partida de Copa do Mundo após 64 anos. O último jogo da equipe celeste no estádio carioca pelo mesmo torneio havia sido de glórias com o triunfo sobre a seleção brasileira na partida final. Antes desse jogo, acreditava-se na possibilidade de a história se repetir. O Uruguai jogaria com uma equipe de menor tradição no futebol. Enquanto o time do sul do continente possui 15 conquistas da Copa América, dois títulos mundiais e duas Olimpíadas, a Colômbia se contenta com uma única Copa América, ganha em 2001 quando o torneio se realizou em solo colombiano. Mas o enredo foi outro. As câmaras não registraram uruguaios comemorando, mas a festa dos “humildes” colombianos. Também nas aplicações, o investidor não pode se valer apenas do desempenho passado para a tomada de decisão. Um ativo que tenha sido vitorioso não significa que permanecerá sendo sempre a melhor opção ou que uma aplicação pouco rentável no passado deva ser para sempre descartada.

Continuar lendo

A esquizofrênica indústria de investimentos

Imagine que você fez uma viagem ao exterior e se deparou com produtos de alta qualidade e, melhor, baratos. Mas a grana estava curta e você não pode aproveitar a oportunidade. Tempos depois, você retorna ao mesmo lugar e, dessa vez, prevenido, leva dinheiro para ir às compras. Contudo, para sua decepção, os mesmos produtos que antes eram barganhas estão bem mais caros. Essa metáfora serve para exemplificar a situação do gestor de fundos, por exemplo. Nas crises, quando ativos de qualidade como ações, títulos públicos e privados se encontram depreciados, o gestor não recebe dinheiro novo dos clientes para adquirir as pechinchas. Pelo contrário, os investidores resgatam seus recursos, fazendo com que o gestor siga a manada vendendo os ativos baratos que fazem parte do fundo. Por outro lado, em momentos de calmaria, os ativos estão bem precificados e, em muitos casos, acima dos seus valores justos. É nessa hora que os gestores são agraciados com novos recursos sendo aportados no fundo. Esse administrador de carteira, embora reticente, vai às compras, contribuindo para tornar os ativos ainda mais caros. Por que é tão difícil fazer o certo: comprar na baixa e vender na alta?

Continuar lendo

O lucro, o Ebitda, o patrimônio e seus múltiplos

Os múltiplos são uma das métricas mais usadas na avaliação de ações pela análise fundamentalista. Dentre os múltiplos, os relacionado ao lucro (o P/L – preço da ação dividido pelo lucro por ação), ao Ebitda (o FV/Ebitda – valor da firma dividido pelo Ebitda) e ao patrimônio líquido (o P/VPA – cotação dividida pelo valor patrimonial por ação) são os mais comuns. Quais as vantagens e as desvantagens desses indicadores? Quando eles devem ser utilizados? Qual o mais importante?

Continuar lendo