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IPO da Caixa: sem noção da realidade

Às vésperas do Natal, o jornal Valor publicou a reportagem “Governo pretende levantar até R$ 20 bi com venda de fatia da Caixa”. Para obter um valor justo por suas ações, a Caixa Econômica Federal, além de apresentar resultados operacionais consistentes, deve adotar um sistema de governança corporativa robusto. Contudo, graves questões de gestão das estatais e de conflitos de interesse entre a União e a Eletrobras, bem como a Petrobras, pululam no noticiário. O mercado de capitais é uma eficaz fonte de financiamento, mas exige normas que defendam os interesses da companhia e de todos os seus acionistas. O mercado acionário não pode ser visto apenas como uma alternativa para o governo atender suas metas fiscais. O debate sobre os limites da atuação das estatais de capital aberto é atual, pois vem sendo discuitda tanto na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) como até mesmo no STF (Supremo Tribunal Federal). Sem atacar essas questões, a abertura de capital de mais uma estatal é inoportuno.

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Cemig: nova administração, menores dividendos? – Parte II

Segundo fontes, a nova administração da Cemig que irá assumir a partir de início de janeiro poderia reduzir os dividendos pagos pela companhia. No post de 1º de dezembro, analisei se uma possível alteração na política de dividendos afetaria o preço da ação. Nesse segundo artigo, comento sobre quais as consequências sobre os direitos dos minoritários caso haja redução do dividendo obrigatório.

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Os dividendos da Eletrobras

Nas últimas semanas, os maus resultados operacionais da Eletrobras sinalizaram para uma possível redução dos seus proventos, mesmo com os dividendos mínimos das ações preferenciais. O fato indica o cuidado que o investidor deve ter quando investe de olho apenas nos dividendos, bem como quando aplica em ações de estatais.

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Cemig: nova administração, menores dividendos? – Parte I

Segundo matéria publicada no Valor Econômico em 24 de novembro, fontes do futuro governo petista em Minas Gerais avaliam a possibilidade de reduzir a parcela dos lucros destinada aos dividendos (o “pay-out”). Essa alteração da política de dividendos teria reflexos sobre o preço da ação? Quais seriam as consequências para os acionistas caso a nova administração decidisse pagar dividendos inferiores ao dividendo obrigatório de 50% do lucro?

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“Nova matriz econômica” afetou a relação entre a bolsa e os juros

A elevação dos juros, em regra, é negativa para o desempenho da bolsa. Por que isso ocorre? Explico esse movimento de duas formas. A primeira é avaliando as empresas pelo fluxo de caixa descontado. Na segunda, comparo os juros dos títulos prefixados LTN com o múltiplo P/L (preço por lucro) do Ibovespa. Como a expectativa é de alta para os juros no segundo mandato da presidenta Dilma, logo teremos uma bolsa em queda nos próximos meses? A princípio sim, mas a política econômica tem sido tão intervencionista até o momento que a relação entre os juros e a bolsa se desvirtuou desde meados de 2011. Mais um efeito pouco comentado causado pela “nova matriz macroeconômica” empreendida pelo governo Dilma Rousseff.

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