A queda acentuada do preço de algumas ações, as incertezas regulatórias do setor elétrico e o ciclo operacional de algumas empresas foram responsáveis pelo surgimento de surpresas na lista dos 20 maiores retornos com dividendos (“dividend yield”) para 2015. Quem ainda acredita que basta aplicar em ações de elétricas para obter ganhos generosos com dividendos deve rever seus conceitos.
Contratar o Einstein é custo ou investimento?
O post de hoje exige uma dose de fantasia do leitor. Imagine que você fosse dono de uma empresa de alta tecnologia e surgisse a oportunidade de contratar Einstein. Você não leu errado. Ele mesmo, Albert Einstein, quem desenvolveu a teoria da relatividade e ganhou o prêmio Nobel de Física de 1921. Mas você é adepto de uma operação enxuta. Ao se reunir com seu contador, é informado que essa aquisição deverá ser contabilizada como custo (supondo que o físico trabalhasse na operação e não na área administrativa, pois, dessa forma, o dispêndio seria classificado como despesa). Em resumo, essa contratação irá impactar negativamente e de imediato o resultado apesar da provável melhora no médio prazo fruto da contribuição do Nobel. Esse exemplo surrealista demonstra como a contabilidade não está preparada para dar conta da Nova Economia do conhecimento.
IPO: a perigosa tese do crescimento
A maioria das empresas que vieram à bolsa desde 2004 pediu recursos aos investidores para expandir suas atividades, seja por intermédio da aquisição de concorrentes ou via crescimento orgânico. Elas atingiram seus objetivos? Quais deram certo e quais fracassaram?
Souza Cruz: a controversa deixa a bolsa. Ela fará falta?
Existem dois mundos na bolsa de valores: o das pessoas físicas e o dos investidores institucionais. Enquanto os primeiros flertam com a análise gráfica, os segundos são majoritariamente fundamentalistas. Ações desejadas pelos investidores individuais são desprezadas pelos institucionais. Dentre esses papéis, destaca-se Souza Cruz (CRUZ3). O controlador, a British American Tobacco International, indicou a intenção de cancelar o registro da empresa de tabaco brasileira. Afinal, Souza Cruz deixará saudades?
“Carta do Gestor”: atenção CVM e Apimec
Você já teve a oportunidade de ler as publicações feitas pelas gestoras, especialmente as independentes? Recomendo. Muitas são verdadeiras aulas de investimentos. São famosas as cartas a investidores feitas pelo gestor americano Warren Buffett e por Howard Marks da Oaktree, por exemplo. As Cartas do Gestor, em regra, definem conceitos de investimento, falam do desempenho dos fundos, indicam os ativos preferidos e a estratégia para os próximos meses. Mas será que essas publicações atendem à legislação emanada pelo xerife do mercado brasileiro, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários)?