Após anos de forte recessão, o mercado de capitais brasileiro ensaia uma recuperação cíclica. Contudo, algumas tendências podem mitigar essa melhora. Várias companhias brasileiras mostram desinteresse pela bolsa brasileira, preferindo listar suas empresas nos EUA. Além disso, operações societárias polêmicas têm colocado a governança corporativa das empresas brasileiras em jogo.
Como analisar as novas empresas da bolsa de valores?
As empresas que vêm acessando a Bolsa de Valores têm apresentado características diferentes das empresas já listadas. Esse fenômeno não é novo. É resultado da migração de uma sociedade industrial para uma pautada no conhecimento. Como isso afeta o trabalho dos analistas?
A ditadura das incorporações de ações
O mercado de capitais nacional definhou prejudicado pela caótica situação econômica deixada pelo governo anterior. Além da situação macroeconômica delicada, eventos societários polêmicos vêm afetando negativamente a governança corporativa de nosso mercado.
No início do mês, os investidores foram surpreendidos com o contrato de não competição firmado entre a Qualicorp, operadora de saúde, e seu presidente. Semana passada, o fim da parceria da empresa aérea Gol com sua empresa de fidelidade Smiles fez sua cotação cair quase 40% em apenas um dia. O que podemos aprender com a operação da Smiles?
A falta de governança ´aleija e até mata`
As ações da operadora de saúde Qualicorp (QUAL3) apresentaram queda de 29,4% na última segunda. A companhia assinou um contrato de não competição com seu Presidente e acionista indireto no valor de R$ 150 milhões por um período de seis anos. Onde os analistas de mercado erraram? Como os investidores podem se precaver sobre riscos à governança?
Só com curto prazo não se chega longe
Warren Buffett, o cultuado investidor americano, e Jamie Dimon, CEO do JP Morgan Chase, escreveram recentemente um artigo no The Wall Street Journal criticando o foco das companhias no fornecimento de estimativas trimestrais o que poderia prejudicar a geração de valor no longo prazo para os acionistas.
Ao longo da carreira já havia percebido esse problema e o mencionado em artigo de 2011 no Valor Econômico.
Como os administradores podem causar danos às companhias ao valorizarem demasiadamente os resultados trimestrais? Quem mais pressiona às empresas em busca de estimativas trimestrais? É possível obter ganhos operando os resultados trimestrais? O que diz o Professor Damodaran?