Cientistas políticos têm se esforçado para entender o fenômeno “Marina Silva”. Como uma candidata com tempo escasso no horário eleitoral gratuito e base de apoio partidária tímida tem ameaçado o favoritismo da Presidente Dilma Rousseff? Segundo especialistas, Marina serve de resposta à desilusão de parte do eleitorado com a política tradicional. Seria a candidata que melhor conseguiu captar as insatisfações nas passeatas de junho de 2013. Além disso, após 12 anos, o governo do PT já mostra sinais de desgaste e os eleitores procuram alternativas. Como a candidatura de Aécio Neves do PSDB não deslancha, os votos dos indecisos e até mesmo os do próprio candidato tucano parecem migrar para a postulante do PSB.
Essas teses explicam em parte o fenômeno, mas creio que uma das principais razões reside sobre uma variável macroeconômica que afeta sobremaneira o orçamento doméstico: a inflação. Outra lição que a candidatura Marina Silva ensina no âmbito das finanças pessoais é sobre a alocação de ativos. O atual rali da bolsa mostra que o investimento em ações não é tão indesejado quanto alardeado.