O cultuado investidor Benjamin Graham não tem feito muito sucesso. Sua estratégia parece antiquada. Ao contrário da maioria dos gestores atuais, Graham não fazia projeções dos resultados das empresas. Seus cálculos se baseavam nos lucros pretéritos. Graham buscava ações de empresas sólidas a preços módicos. Hoje, a questão do preço parece secundária. Ações caras são compradas na expectativa do crescimento futuro dos resultados das companhias. Mas se as lições de Graham podem não ter sido suficientes para a escolha das ações de melhor desempenho nos últimos anos, elas impediram que os investidores aplicassem em papéis como as da petroleira OGX, por exemplo, que causaram enormes prejuízos. Somente por essa contribuição, a leitura de Graham já seria fundamental.
Posts do autor Rocha Andre
O efeito da venda de ativos na dívida e no múltiplo FV/Ebitda
Embora muito criticado, o múltiplo FV/Ebitda ganhou popularidade nos últimos anos. Algumas empresas brasileiras como Vale (VALE5), a de telecomunicações Oi (OIBR4), Fibria (FIBR3), Marfrig (MRFG3) e Suzano (SUZB5) têm recorrido à venda de ativos não estratégicos para redução de suas dívidas o que produz impacto sobre o múltiplo. Com base na estratégia de desalavancagem da companhia e na análise do múltiplo FV/Ebitda, o blog O Estrategista já havia inclusive indicado a possibilidade de valorização das ações de Suzano em post do início de 2012. Entenda como a operação de venda de ativos afeta a análise por múltiplos.
Dividendos da Petrobras ON sob risco
Com o programa ambicioso de investimentos para os próximos anos e a vantagem dos dividendos mínimos conferida aos detentores de ações preferenciais, os acionistas ordinaristas podem vir a não receberem qualquer dividendos em 2013. O leitor do blog já sabia dessa possibilidade.
Ações de consumo não são sucesso só no Brasil
Nos últimos anos, ações de companhias com atividades voltadas ao mercado doméstico e com resultados estáveis tiveram excelente desempenho na bolsa brasileira. Em regra, são empresas voltadas ao consumo como shoppings, alimentos, bebidas e varejo como BR Malls (BRML3), Ambev (AMBV3), Lojas Renner (LREN3) e Hering (HGTX3). A crise nos países europeus e a claudicante economia americana fizeram com que os investidores apostassem em companhias com essas características. Mas de acordo com estudo do Boston Consulting Group, não foi apenas no Brasil que ações de empresas de consumo fizeram sucesso. Por que isso ocorreu? Há ainda espaço para valorização das ações das empresas desse segmento?
Petrobras, qual é a novidade?
Na última semana, o mercado reagiu negativamente à decisão do Conselho de Administração da Petrobras de não divulgar a fórmula automática de reajuste do preço dos combustíveis. As ações preferenciais PETR4 caíram 9,2% na última segunda, 2 de dezembro. Mas, afinal, ocorreu algum fato novo que justificasse comportamento tão negativo dos investidores? Reiteradamente, analistas e investidores esquecem o propósito da capitalização de 2010, bem como suas consequências contábeis e o fato de a petroleira ter como controlador a União Federal.