Posts do autor Andre Rocha

A força das expectativas para os investimentos

A decisão de investir compreende diversas variáveis como, por exemplo, o perfil de risco do investidor, o prazo do investimento e a necessidade de liquidez do investidor (ele necessita de uma renda regular ou pode viver sem os recursos advindos da aplicação por um tempo?). Essas informações são objetivas. Com elas, o consultor está quase preparado para indicar um produto financeiro (ou uma carteira de produtos) a seu cliente. Contudo ainda resta um importante atributo que não é apenas estudar o investidor: a expectativa em relação às variáveis econômicas como inflação e juros. Essas expectativas definirão o possível retorno dos investimentos no curto, médio e longo prazos. Além das questões macroeconômicas, deve se observar a capacidade financeira do emissor. No mercado acionário, a expectativa é ainda mais relevante, pois deve se atentar se essas variáveis já estão sendo levadas em conta pelos agentes de mercado.

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O esquizofrênico setor de telecomunicações

Imagine um objeto de desejo, que representa status social e que se tornou vital nos dias atuais. O carro, diriam alguns. Não, pois esse vem sendo questionado em um mundo que preza a sustentabilidade e a mobilidade urbana. Falo do celular. O glamour do maço de cigarros nos bolsos e bolsas, hoje é personificado no aparelho móvel. O estoque de celulares já supera a população do país.

Contudo, as operadoras não estão comemorando. Estranho, né? A Oi recorreu recentemente à recuperação judicial com dívidas superiores a R$ 60 bilhões, a maior da história brasileira. A TIM patina. Essas empresas não conseguem aproveitar o cenário benéfico e, como reflexo, suas ações perdem espaço na bolsa brasileira. Por que isso ocorre?

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As dificuldades de comunicação com o mercado – Parte II

Cumprindo a promessa do último artigo, volto a abordar o tema da relação das empresas com os investidores. Uma boa comunicação com os agentes de mercado (analistas, gestores e investidores pessoa física) é fundamental para que o preço das ações da companhia incorpore da melhor forma possível suas atividades operacionais e financeiras presentes e futuras e, com isso, se aproxime do preço justo da ação.

Há três semanas, falei, citando casos que vivenciei profissionalmente, sobre três temas: a recompra de ações, empresas alvo de aquisições e a visão de curto prazo das empresas. Hoje, discorrerei sobre as estimativas oficiais fornecidas pelas próprias companhias sobre dados operacionais, também conhecidas pelo termo em inglês “guidances” e o período de silêncio (“quite period”, em inglês). Continuar lendo

As dificuldades de comunicação com o mercado

A empresa que apresenta resultados robustos por um determinado período de tempo terá seu valor de mercado apreciado. O preço da ação é diretamente relacionado ao desempenho operacional da empresa. Contudo, por que em determinados momentos companhias com resultados consistentes não veem seus papéis se valorizarem? Ou, o que é pior, por que ações de firmas com resultados pouco atraentes têm alta procura dos investidores? A resposta está na forma como as empresas se relacionam com investidores e analistas. Constatei durante minha carreira erros cometidos que influenciaram diretamente o preço da ação. A seguir, alguns exemplos.

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Cias reduzem dívidas e dão alegrias aos acionistas

Nos últimos quatro anos, procuro escrever no blog O Estrategista artigos que conciliem a parte teórica à minha prática profissional. Alguns deles geram recomendações de investimentos.

Uma leitora resgatou um post antigo que utilizava essa combinação: “acabei interessada por um artigo publicado em 2012 ´O impacto do endividamento sobre o múltiplo FV / EBITDA` no qual havia uma discussão sobre as empresas do ramo de papel e celulose Suzano e Fibria. Após lê-lo, fiquei curiosa sobre o desfecho”.

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