As ações das estatais Petrobras e Eletrobras estão nos holofotes por uma razão nada louvável: o mau desempenho dessas companhias na bolsa. Atitudes açodadas do governo, má comunicação com o mercado, visão estreita do que é função social derrubam o preço desses papéis, que são referência para o investidor. Isso não contribui para a formação de uma nova geração de investidores. A boa notícia é que existem excelentes alternativas entre as empresas privadas.
Dicas para o investidor iniciante
Artigo de John Wasik, da Reuters, traz conselhos úteis para quem está começando a investir em ações com base na análise fundamentalista.
O profissional de RI que fez diferença
Silvio Guerra faleceu na última quinta-feira. Ele era reconhecido como um dos melhores profissionais de Relações com Investidores (RI) do país por seu trabalho na Localiza, maior empresa de aluguel de carros do país. Quais atitudes fizeram a Localiza ser uma das companhias mais respeitadas do mercado brasileiro?
Caixa elevado não garante alta das ações
As ações de companhias com foco no mercado doméstico têm apresentado valorização expressiva, em especial as que possuem relação com o varejo. Com isso, os múltiplos dessas empresas se encontram elevados quando comparados aos de outros setores. A fabricante de calçados Grendene é uma exceção, apesar de possuir caixa superior ao endividamento. Por que isso ocorre?
Várias fábulas retratam a oposição entre os disciplinados e os desregrados. De cabeça, cito “Os Três Porquinhos“, “A Cigarra e a Formiga“ e “A Lebre e a Tartaruga“. Os precavidos saem vitoriosos em todas. Apesar disso, não são bons personagens, não são atraentes. Suas vidas metódicas são entediantes. O mesmo acontece no âmbito das finanças pessoais. Poupadores são confundidos com sovinas, avarentos. O consumo imediato tem mais apelo. Frases como “O futuro a Deus pertence”, “Depois a gente morre e deixa tudo aí” e “Ninguém leva nada para o caixão” reforçam a ideia de que a poupança é desnecessária. E as “necessidades” de consumo não param de crescer. Entre a década de 70 e hoje, as residências brasileiras de classe média foram invadidas por celulares, iPads, leitores de DVD, computadores, jogos eletrônicos, banda larga, canais a cabo, micro-ondas. Com mais gastos, poupar fica mais difícil. Não é exagero dizer que o ato de economizar acaba sendo malvisto socialmente. Mas, infelizmente, poupar é necessário para a maioria das pessoas.