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Análise de ações: os desafios e como superá-los

O trabalho dos analistas é bastante questionado pelos investidores em geral – pessoas físicas e institucionais. Por que isto ocorre?

O investidor em ações no Brasil ainda é um marginal. Obviamente ele não é um fora da lei. O termo vem de “exceção”. As corretoras acreditam haver em torno de 140 mil investidores ativos na bolsa brasiliera, número irrisório quando comparado a 25 milhões de pessoas que entregaram imposto de renda em 2013. A maioria não está acostumada com as técnicas e o linguajar utilizados pela análise fundamentalista. A falta de educação em investimentos é responsável pelo baixo desenvolvimento do nosso mercado e por parte das críticas. É um problema circular. Não invisto e critico porque não conheço; como não conheço não invisto e critico. Cabe aos participantes do mercado resolver esta intricada questão.

Mas a contestação às análises feitas pelos profissionais de mercado não deriva apenas da má educação financeira. Ela vem também dos investidores institucionais (“buy side”) – fundos de pensão, gestoras, “family offices” – que, em tese, estão afeitos ao linguajar e as práticas do mercado.

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O que é um investidor de valor?

A definição de investidor de valor foi se ampliando ao longo do tempo. Embora o investidor de valor se suporte sempre na análise fundamentalista, existem abordagens com diferenças importantes.

O termo “value investor”, algo como investidor de valor, tem como precursor o investidor norte-americano Benjamin Graham. Ele defendia que uma ação somente deveria ser selecionada quando seu preço estivesse depreciado com base em algumas métricas como alto “dividend yield” (retorno com dividendos), baixo múltiplo P/VPA (preço por valor patrimonial por ação) e baixo múltiplo P/L (preço por lucro), por exemplo. Com o tempo, outros investidores incorporaram novas abordagens como a análise do negócio, da administração, as perspectivas de lucros. Este novo enfoque teve/tem como adeptos o falecido Philip Fischer e Warren Buffett.

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Se os custos são as unhas, a receita é o coração

Embora de fundamental importância para a geração de valor ao acionista, o acompanhamento sistemático das despesas e dos custos não pode vir sozinho. Outras variáveis precisam ser observadas pelos investidores para que as ações apresentem desempenho consistente.
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A difícil arte de estimar os tributos das empresas

O cálculo dos impostos que incidem sobre o lucro é uma das tarefas mais complexas da análise fundamentalista. Simplificações podem alterar o valor da empresa de forma substancial. Conheça os impactos sobre o valor justo e a análise por múltiplo P/L (preço por lucro).

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Petrobras e a ilusão cognitiva do curto prazo

Petrobras anunciou, na última semana, mudanças contábeis que tendem a elevar seu lucro e a distribuição de dividendos. As ações preferenciais (PETR4) e ordinárias (PETR3) reagiram positivamente no pregão posterior ao anúncio. Mas o ponto que interessa é: o valor da companhia se alterou por causa da mudança? Como a análise fundamentalista vê a questão?

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