O trabalho dos analistas é bastante questionado pelos investidores em geral – pessoas físicas e institucionais. Por que isto ocorre?
O investidor em ações no Brasil ainda é um marginal. Obviamente ele não é um fora da lei. O termo vem de “exceção”. As corretoras acreditam haver em torno de 140 mil investidores ativos na bolsa brasiliera, número irrisório quando comparado a 25 milhões de pessoas que entregaram imposto de renda em 2013. A maioria não está acostumada com as técnicas e o linguajar utilizados pela análise fundamentalista. A falta de educação em investimentos é responsável pelo baixo desenvolvimento do nosso mercado e por parte das críticas. É um problema circular. Não invisto e critico porque não conheço; como não conheço não invisto e critico. Cabe aos participantes do mercado resolver esta intricada questão.
Mas a contestação às análises feitas pelos profissionais de mercado não deriva apenas da má educação financeira. Ela vem também dos investidores institucionais (“buy side”) – fundos de pensão, gestoras, “family offices” – que, em tese, estão afeitos ao linguajar e as práticas do mercado.